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14 obras de Guimarães Rosa para ler e baixar


Guimarães Rosa (1908-1967) foi escritor brasileiro. O romance "Grandes Sertões: Veredas" é sua obra prima. Fez parte do 3º Tempo do Modernismo, caracterizado pelo rompimento com as técnicas tradicionais do romance.

Guimarães Rosa (1908-1967) nasceu em Cordisburgo, pequena cidade do interior de Minas Gerais. Filho de comerciante da região, aí fez seus estudos primários, seguindo em 1918, para Belo Horizonte, para casa de seus avós, onde estudou no Colégio Arnaldo. Cursou Medicina na Universidade de Minas Gerais, formando-se em 1930. Datam dessa fase seus primeiros contos, publicados na revista O Cruzeiro.

Depois de formado foi exercer a profissão em Itaguara, município de Itaúna, onde permaneceu por dois anos. Culto, sabia falar mais de nove idiomas. Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, voltou para Belo Horizonte para servir como médico voluntário da Força Pública. Posteriormente atuou como oficial médico no 9º Batalhão de Infantaria em Barbacena.

Em 1934, Guimarães Rosa vai para o Rio de janeiro e presta concurso para o Itamarati. Obtém o segundo lugar. Em 1936, participou de um concurso ao Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras, com uma coletânea de contos chamada "Magma", conquistando o primeiro lugar, mas não publicou a obra. Em 1937, começou a escrever "Sagarana", volume de contos que retrata a paisagem mineira, a vida das fazendas, dos vaqueiros e criadores de gado. Com a obra participa de um concurso, mas não é classificado.

Entre os anos de 1938 e 1944, foi nomeado cônsul-adjunto na cidade de Hamburgo, Alemanha. Quando o Brasil rompeu a aliança com a Alemanha, durante a Segunda Guerra, Guimarães Rosa foi preso, em 1942 e no ano seguinte foi para Bogotá, como Secretário da Embaixada Brasileira. Em 1945, vai rever os lugares onde passou a infância. Em 1946, depois de refazer a obra, publica "Sagarana". O estilo era absolutamente novo, a paisagem mineira ressurgia viva e colorida. Sucesso de crítica e público. Seu livro de contos recebe o Prêmio da Sociedade Felipe d'Oliveira, esgotando-se, no mesmo ano as duas edições.

De 1946 a 1951, Guimarães Rosa reside em Paris. Em 1952, em excursão ao Estado de Mato Grosso, conviveu com os vaqueiros do oeste do Brasil, e escreve uma reportagem poética, "Com o Vaqueiro Mariano", publicada no Correio da Manhã. Passados dez anos de sua estreia, Guimarães publica, em 1956, "Corpo de Baile" e "Grandes Sertões: Veredas".

Na novela "Corpo de Baile" obra em dois volumes, com 822 páginas, publicada em janeiro de 1956, Guimarães continua a mesma apresentação focada em "Sagarana", mas agora com arrojadas experiências linguísticas. Em maio do mesmo ano, publica "Grandes Sertões: Veredas", narrativa épica, em seiscentas páginas, onde apresenta o mundo dos jagunços e dos coronéis. A obra causa impacto, pela temática e pela linguagem caboclo-sertaneja.

Guimarães Rosa é promovido a embaixador, em 1958, mas prefere não sair do Brasil, permanece no Rio de janeiro. Em 1963, é eleito para a Academia Brasileira de Letras, somente tomou posse em 1967. Três dias depois de tomar posse, tem um infarto.

João Guimarães Rosa morreu no Rio de Janeiro, no dia 19 de novembro de 1967.




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