Obras de Zygmunt Bauman, para ler e baixar
Zygmunt Bauman (1927-2017) foi um sociólogo, pensador, professor e escritor polonês, uma das vozes mais críticas da sociedade contemporânea. Criou a expressão “Modernidade Líquida” para classificar a fluidez do mundo onde os indivíduos não possuem mais padrão de referência.
Zygmunt Bauman (1927-2017) nasceu em Poznan, Polônia, no dia 19 de novembro de 1925. Filho de judeus, em 1939, junto com sua família, escapou da invasão das tropas nazista na Polônia e se refugiou na União Soviética. Alistou no exército polonês no front soviético. Em 1940 ingressou o Partido Operário Unificado – o partido comunista da Polônia. Em 1945 entrou para o Serviço de Inteligência Militar, onde permaneceu durante três anos.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, Zygmunt voltou para Varsóvia. Conciliou sua carreira militar com os estudos universitários e com a militância no Partido Comunista. Estudou Sociologia na Academia de Política e Ciências Sociais de Varsóvia. Casou-se com Janina Bauman, uma judia de família próspera que sobreviveu aos horrores da invasão nazista. Zygmunt viveu com Janina (também escritora) até sua morte em 2009.
Bauman ingressou no mestrado na Universidade de Varsóvia. Em 1950, deixou o Partido Operário. Em 1953 foi expulso do Exército da Polônia. Em 1954 concluiu o mestrado e tornou-se professor assistente de Sociologia na mesma Universidade. Durante muitos anos se manteve próximo à ortodoxia marxista, mas depois passou a fazer severas críticas ao governo comunista da Polônia, sofrendo perseguições durante 15 anos.
Em março de 1968, uma série de protestos de professores, estudantes e artistas que lutavam contra a censura do regime, culminou com o expurgo antissemita que obrigou muitos poloneses de origem judia a deixarem o país. Brauman e sua mulher foram expulsos da Polônia. Exilado em Israel, lecionou na Universidade de Tel-aviv. Em 1971, foi convidado para lecionar Sociologia na Universidade de Leeds, Inglaterra, onde também dirigiu o departamento de sociologia da Universidade até sua aposentadoria, em 1990.
Durante mais de meio século, Zygmunt Bauman foi um dos mais influentes observadores da realidade social e política. É descrito como um pessimista, que entra no coro dos que criticam a pós-modernidade, em busca das causas do processo social perverso, no mundo das ideias do pensamento anticapitalista. Criou o termo “modernidade líquida” – título de um livro seu publicado em 2000 – para descrever as transformações do mundo contemporâneo, no qual nada é sólido: tudo se dilui no ar. Em sua última obra, “Estranhos à Nossa Porta”, observa a crise dos refugiados que batem à porta da Europa.
Zygmunt Bauman faleceu em Leeds, Inglaterra, no dia 9 de janeiro de 2017.
Obras de Zygmunt Bauman
Pensando Sociologicamente (1990)
Modernidade e Ambivalência (1991)
Vidas em Fragmentos (1995)
O Mal-estar da Pós Modernidade (1997)
Globalização (1998)
Em Busca da Política (1999)
Modernidade Líquida (2000)
Comunidade (2001)
Amor Líquido: Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos (2003)
Vidas Desperdiçadas (2003)
Vida Líquida (2005)
Medo Líquido (2006)
Vida Para Consumo (2007)
Tempos Líquidos (2007)
Cegueira Moral (2014)
A Riqueza de Poucos Beneficia Todos Nós? (2015)
Estado de Crise (2016)
Estranhos à Nossa Porta (2016)
Texto extraído de: https://www.ebiografia.com/zygmunt_bauman/